23 fevereiro 2012

Concordo totalmente II


Acerca da desmotivação dos alunos.
"De uma vez por todas se caia na realidade e se deixe de pedir aos professores aquilo que não lhes compete. Estratégias para isto,estratégias para aquilo; lidar com a indisciplina, lidar com a desmotivação. Aos professores não se deve pedir que arranjem estratégias para resolver esses problemas, pois isso é admitir que eles são situações normais, correntes e com tendência a perpetuar-se.
Simplesmente não se pode admitir que eles existam como norma.

A escola pública oferece um ensino gratuito (gratuito!, à exceção da aquisição do material escolar), onde os alunos podem usufruir de refeições a um preço pouco mais do que simbólico, em regra com bons e ótimos equipamentos e professores. Os alunos mais carenciados têm comparticipação parcial ou total na aquisição dos seus materiais, nas refeições e nos transportes. De um modo geral os programas são adequados às faixas etárias e ao tipo de sociedade que é o nosso.
Estas condições por si só não são mais do que satisfatórias para que os alunos e as suas famílias se sintam naturalmente motivados? De que raio de motivação extra precisam os alunos?

Em África, na Ásia e na América Latina há centenas de milhões de crianças e jovens que frequentam escolas (os que têm essa sorte) em condições miseráveis. E aí muitos deles estão bem mais motivados do
que os nossos. Serão os seus professores melhores do que nós?
Possuirão eles as tais estratégias mágicas que nós, tecnologicamente apetrechados, não conseguimos vislumbrar?

É mais do que evidente que a motivação é uma treta quando colocada nas mãos dos professores, mas uma realidade quando olhamos para os sítios onde reside a sua génese: na sociedade em geral, nas famílias, em quem nos governa e na legislação obtusa que se produz. Por isso, os professores não têm que motivar quando não há motivos de origem pedagógica para o tipo de desmotivação com que deparam.

A mesma reflexão deve ser feita em relação à indisciplina, que também não é um problema que o professor tenha que resolver. A indisciplina é uma questão que, simplesmente e em circunstâncias normais, não deveria existir! Em circunstâncias normais, para resolver problemas pontuais de indisciplina o professor deveria precisar apenas de uma palavra:
"Rua!"

Se houver comportamentos desadequados nas salas de espera e nos
gabinetes médicos dos hospitais serão os médicos a resolvê-las? Se a
mesma coisa acontecer numa repartição de finanças são os funcionários que vão resolver? Num restaurante, num meio de transporte, numa sala de espetáculos...?

Ora, o professor não tem que motivar nem disciplinar, tem apenas que ensinar, que é aquilo que se lhe pede cada vez menos. Nessas matérias peçam-se, pois, responsabilidades a quem realmente as tem, senão daqui a 50 anos quem cá estiver estará ainda a falar do mesmo."

                                                                                      António Galrinho

Concordo totalmente I


O desastre da educação


"O valor de uma economia é o valor do seu capital humano. Por isso o sistema educativo é tão importante. Por isso o estado lastimoso da economia portuguesa tem muito a ver como o estado lastimoso da educação.


Não faltam “culpados” para este desastre: uns dizem que o problema é o “eduquês”, outros que são os professores, ou o sindicado dos professores, ou o ministério, ou o clima, ou a água da torneira, ou sei lá o quê.


Não nego que sejam causas importantes, mas o principal culpado pelo desastre da educação em Portugal é: Você. Sim, refiro-me a Você, encarregado de educação, que passa a vida culpando os outros em vez de aceitar que o fracasso do processo educativo começa em casa. Os principais responsáveis pela educação não são os professores mas sim os próprios pais. É claro que são os professores que dão as aulas, que sabem ensinar Português e Matemática, História e Geografia. Mas todo este esforço vale pouco ou nada se não começa num ambiente familiar que dá valor ao esforço e à disciplina que uma boa educação exige.


A única desculpa que vejo para os nossos encarregados de educação é que estamos perante uma questão “cultural”. A mentalidade do “desenrasque” e do “chico esperto” também se manifesta na escola: um gaba-se do seu “novo” método de “copianço” como se tratasse de uma conquista amorosa; outro orgulha-se por ter passado a cadeira “sem estudar praticamente nada”; e o aluno mais “cool” é o que se lembra de mais “partidas” durante as aulas.


Mas o pior não é tanto a atitude dos adolescentes como a reação dos adultos: o sorriso que traduz uma certa nostalgia (“ah, se soubesses o que eu fazia quando tinha a tua idade”); o piscar de olho que manifesta aprovação (“assim é que é!”); ou simplesmente a indiferença.


O “melting pot” que são os Estados Unidos serve como teste da minha teoria, que pode não ser “politicamente correcta” mas é simplesmente correcta: as etnias com melhor prestação escolar (os judeus, os coreanos, os vietnamitas, etc.) são as que têm culturas familiares que valorizam a educação. Talvez os genes contem alguma coisa, mas neste caso o ambiente claramente se sobrepõe aos cromossomas: “nurture” vence “nature”.


Não é o ministro da educação nem o ministério da educação que resolverá o problema; nem as reformas curriculares dos teóricos da educação; nem os professores nem o sindicato dos professores; nem as escolas públicas nem as escolas privadas. A melhoria da educação em Portugal começa e continua com Você, encarregado de educação. Como? Evitando a mentalidade “outsourcing” da educação (“a escola que trate disso, é para isso que pago impostos e propinas”); exigindo esforço do filho (embora seja muito mais fácil ser o “pai popular” do que o “pai exigente”); e exigindo resultados da escola (neste sentido a maior concorrência entre escolas é uma das medidas positivas deste governo).


Estamos perante uma reforma que demora pelos menos uma geração. Estamos assim mais do que 25 anos atrasados, pelo que temos de começar quanto antes. O objectivo é monumental mas acessível: mudar a atitude perante o esforço do estudo, filho a filho."

Luís Cabral. "O desastre da educação". Expresso (caderno "Economia"), 28.Janeiro.2012, pg. 38


22 fevereiro 2012

Para aquela pessoa... A especial...



SONETO DA FIDELIDADE
Vinícius de Morais

De tudo, meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


19 fevereiro 2012

Saudades



Tenho saudades do que vivi...


Tenho saudades do que não vivi...


Mas principalmente, tenho saudades do que nunca viverei...

Ser forte...

"Eu aprendi a ser forte, quando ser forte foi a minha única escolha..."


Li esta frase algures na net. E nem sequer tive tempo para refletir sobre ela, pois imediatamente encaixou em mim, que nem uma luva. Não me posso queixar mesmo nada da vida que tenho tido, tenho sido "prendada" por ela com muitas coisas boas. Mas, como toda a gente, também tenho tido os meus contratempos e encontrado várias barreiras no meu caminho. Quantas vezes pensamos que não aguentamos passar por determinada situação, quase como um drama de adolescente, que pensa sempre "se isto me acontecer eu morro". E quando nos deparamos com essa situação, o que acontece? Não temos outro remédio senão erguermo-nos, mesmo que pareça não haver forças, mesmo que pareça que o obstáculo é maior do que o salto que conseguimos dar. O certo é que só temos uma escolha... Ser fortes...

15 fevereiro 2012

Erros...

Amadurecer é cometer erros, admiti-los e aceitá-los. Mas nunca mais os voltar a cometer. Se assim não fosse, não haveria amadurecimento, ou então não seriam erros. 
É certo que há erros que poderiam ser evitados, sabendo de antemão que são erros e aí já passa da ingenuidade para a estupidez. Mas também é verdade que são estes onde a dor do erro cometido é maior e onde se aprende e cresce mais facilmente e mais rápido. 
Como o Universo coloca as Suas peças todas bem organizadinhas, acredito que o momento do erro não tenha sido por acaso. Quem sabe se o erro cometido (no momento errado, pensamos nós) não foi no momento certo, para que no futuro (próximo ou distante) aconteça algo de muito bom (que não aconteceria se o erro não tivesse sucedido)...




12 fevereiro 2012

Relaxar

É muito bom passar a tarde de domingo a fazer coisas que nos dão prazer, ouvir música boa, e sentir o aroma agradável de umas velas perfumadas. Dentro de casa no quentinho, porque este tempo não está pelos ajustes.


Agora a parte má... Amanhã é dia de trabalho... Será de mim ou o tempo acelera a toda a velocidade ao fim de semana? 

11 fevereiro 2012

Inspirações...



...para o dia de São Valentim que está aí à porta.


Ideias simples, românticas e baratas aqui.



08 fevereiro 2012

Felicidade é...

...escolhermos a decoração juntos, para o lar que escolhemos para nos acolher. É encontrar pontos em comum quando os nossos gostos não se intersectam. É vermos a nossa casa ir ficando cada vez mais composta e bonita, ao longo do tempo. É desfrutarmos juntos o máximo que pudermos do nosso lar...

(foto da net)

Felicidade é isto e muito mais...


Oxigénio

Pela maneira como a nossa espécie trata este planeta, que teve a amabilidade de nos acolher, o futuro que nos espera é este.
É muito triste ver a ingratidão com que o Homem trata a natureza e o planeta que lhe dá tudo...



Pronto, está tudo dito



04 fevereiro 2012

Frio

Eu devo ser a pessoa mais friorenta à face deste planeta. Este inverno já está a abusar, estou numa zona em que não costuma ser assim tão fria nesta estação, por ser no litoral. Mas este ano... Ui, ando toda "enchouriçada" e nem tiro o casaco ao longo do dia. 


Mas hoje foi dia de ficar em casa no quentinho! Hum, que maravilha!! Saber do gelo que está lá fora e estar aqui numa temperatura agradável é bom. A parte menos boa é que estive o dia todo a trabalhar, mas a maior parte das coisas deu-me prazer, por isso compensou :)


(acho esta imagem tão ternurenta)

03 fevereiro 2012

Música

Para começar o fim de semana com calma, serenidade e também para sonhar. 


02 fevereiro 2012

Fidelidade

Esta é daquelas imagens (ou situações) que me obrigam a fazer um esforço para que as lágrimas não me escorram pela cara. Fico com um aperto enorme "cá dentro".
Como é incrível vermos esta fidelidade entre os animais (e também entre animais e humanos), enquanto os humanos nunca, em tempo algum, pararam com guerras, guerrinhas e afins entre si.
Nestas situações nunca deixo de pensar na velha máxima "quanto mais conheço os homens mais gosto dos animais".


Felicidade...

Felicidade é sermos surpreendidos por quem amamos, a meio da semana, dormirmos juntos, agarradinhos, e no dia seguinte acordarmos, ainda abraçados, e verificar que afinal não foi um sonho... É tão bom...  :)