30 outubro 2006

28 outubro 2006

17 outubro 2006

"Casei com um Massai"

Foi este livro que acabei ler. E adorei! Mas é muito estranho. Ou será que não?
...
Este livro relata a história da autora (Corinne Hofmann) que abandonou tudo para procurar um guerreiro Massai, membro de uma tribo Samburu, por quem se apaixonou. Tudo começou numas férias ao Quénia, com o seu namorado da altura, e onde, desde a primeira vez que viu o guerreiro Massai, “praticamente nu e carregado de jóias”, se apaixonou loucamente por ele.
Este amor à primeira vista fez com que Corinne (uma empresária suiça com sucesso) abandonasse toda a sua vida de luxo e cheia de comodidades por uma vida simples na tribo Samburu e fosse viver com um homem “que nunca tinha ido à escola, não sabia ler nem escrever e mal falava inglês”. Depois de muitas peripécias para encontrar o seu homem, acabou por casar (com todos os rituais dos Samburu) e ficou a viver numa «manyatta», uma cabana feita de madeira e de excrementos de vaca, e a alimentação baseava-se em carne de cabra, chá (com muito açúcar) e leite.

Apesar de todas as diferenças (principalmente culturais) entre ela e o marido, conseguiu adaptar-se muito bem à vida na selva queniana. As dificuldades eram muitas, era uma luta diária pela sobrevivência (mesmo que quisessem não podiam comprar alimentos, porque simplesmente não existiam e a falta de água era uma constante), mas o seu amor por aquele guerreiro ultrapassava tudo isso. Lutou contra várias doenças (malária, hepatite, sarna) e sobreviveu: tinha consigo o que queria, o seu grande amor. Engravidou, esteve prestes a perder a filha (entre outras razões, já se encontrava subnutrida), mas venceu mais este obstáculo. Tinha o que precisava para ser feliz: Lketinga (o seu marido). Estava a viver o que toda a gente sonha: "um conto de fadas". Aplicava-se perfeitamente a velha frase: "amor e uma cabana".

Entretanto, a pouco e pouco, as dificuldades de relacionamento começaram a surgir. Os ciúmes daquele homem surgiram e aumentaram de tal maneira que se tornaram insuportáveis. Ele via amantes em tudo o que era sítio. A vida de Corinne tornou-se insustentável. Ela não podia dar um passo ou falar com quem quer que fosse que o marido acreditava que tinha amantes. Aquela situação tornou-se numa verdadeira obcessão, aquele homem estava realmente doente de ciúmes.

Corinne não teve alternativa senão fugir do Quénia, com a sua filha, Napirai. E terminou assim o conto de fadas.

À primeira vista estamos certos de que o desfecho seria este, afinal cada um pertencia à sua cultura, tão diferentes uma da outra. Na verdade, Corinne adaptou-se muito bem àquleles hábitos tão simples e tão desprovidos de consumismo. Preferiu, até, aquele sítio onde se dava importância a outro tipo de coisas, em vez de luxos, futilidades e afins.

Por outro lado, quantas vezes isto acontece na nossa sociedade, em que as pessoas são culturalmente iguais ou semelhantes ao respectivo marido/mulher? Quantas vezes os ciúmes são a razão da ruptura do relacionamento? Na nossa sociedade também existem pessoas com ciúmes doentios. Quantas vezes um dos membros do casal maltrata o outro?
Será que a verdadeira razão daquela separação foram as diferenças culturais?

Porque é que os seres humanos (que tão orgulhosamente se apelidam de "animais racionais") agem como se não tivessem racionalidade nenhuma (e pelos vistos é generalidado a todas as sociedades/culturas)?

13 outubro 2006

Palavras sábias



Uma vez perguntaram a BUDA:
"O que mais o surpreende na humanidade?"

E ele respondeu:


"Os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o
dinheiro para recuperar a saúde.

Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que
acabam por nem viver no presente nem no futuro.

Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido."

11 outubro 2006

Ouvir o pôr-do-sol


Era aqui que me apetecia estar agora...
Ouvir em silêncio as mil palavras da natureza
e fundir-me com este pôr-do-sol...

08 outubro 2006

Dura realidade

Encontrei esta imagem algures na net...
Fiquei algum tempo a olhar.
Nem sempre tomamos consciência de certas realidades, mas que, de facto, existem...
Sem dúvida que esta deve ser a melhor campanha...

06 outubro 2006

Para o Noddy

Com carinho, para o Noddy...

Muitas felicidades pela vida fora...

Um abraço :)


05 outubro 2006

Cartas de amor


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,

Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos