29 março 2006

"ILHAS DE BRUMA"


"Ainda sinto os pés no terreiro
Que os meus avós bailavam o pézinho
É que nas veias corre-me basalto negro
E na lembrança vulcões e terramotos
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Por isso é que eu sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra
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Se no falar trago a dolência das ondas
O olhar é a doçura das lagoas
É que trago a ternura das hortênsias
E no coração a ardência das caldeiras
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Por isso é que eu sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra
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Trago o roxo a saudade esta amargura
E só o vento me ecoa na lonjura
Mas trago o mar imenso no meu peito
E tanto verde a indicar- me a esperança
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Por isso é que eu sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra
-
É que nas veias corre-me basalto negro
No coração a ardência das caldeiras
O mar imenso me enche a alma
E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança
-
Por isso é que eu sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra"


Tenho muitas saudades das ilhas de Bruma... Doces saudades... A nostalgia da lembrança, atravessa-me o peito, que dilacerado, fica alegre com tantas recordações e uma enorme esperança em voltar... Voltar sempre...
Eternamente as ilhas de Bruma me acompanharão onde quer que eu esteja...

27 março 2006

Muros...


A vida nem sempre é como nós queremos ou desejamos. Mas a nossa grandeza e fortaleza vê-se através da forma como ultrapassamos os obstáculos, não os contornando, não voltando para trás, mas pulando através deles...

Podemos trair, bater, deitar abaixo, fazer jogo sujo, portarmo-nos mal... E isso demontra o quê? Que ganhámos a nossa batalha, a nossa guerra? Que somos fortes, que somos os maiores? NÃO!!! Quer simplesmente dizer que somos uns COBARDES e uns FRACOS porque não conseguimos ultrapassar os nossos próprios obstáculos...

Tentamo-nos enganar a nós mesmos pensando que conseguimos ganhar através da força? NÃO!!! Isso é a maior fraqueza...

Só porque vamos encontrando "muros" na nossa vida, voltamos para trás? NÃO!!! Se for preciso e se o muro for muito alto podemos até arranjar uma escada, mas não o devemos ignorar e fugir... Talvez, até, quem sabe, do outro lado se encontra uma floresta maravilhosa de mil e um encantos... Eu NUNCA (posso dizer "nunca"? Posso sim...) irei perder a oportunidade de poder ter esses encantos só porque tive medo do muro...

Eu quero ter acesso a esses encantos e VOU TÊ-LOS!!! Sim, vou encontrar o tesouro do outro lado do muro (ou do outro muro, ou ainda do outro muro) tão simplesmente porque não me rendo aos muros... Salto por eles todos, sejam baixos ou altos...

Perdão

25 março 2006

PARABÉNS AMIGÃO!!!


Muitos PARABÉNS amigo!!!

18 março 2006

Para ti meu amigo...

(Para ti amigo, o meu agradecimento por teres entrado na minha vida...
e por ter a tua amizade... Como não tenho jeito para escrever,
encontrei um poema e vou dedica-lo a ti...)
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Que cada amanhecer do teu dia
nasça contigo uma flor.
Que cada sorriso teu, seja as pétalas
que torna esta flor mais completa.
Que cada pensamento positivo,
seja o caule que a sustenta.
Que cada passo para a vitória,
seja a terra que alimenta.
Que cada gesto teu,
seja o sol que fornece energia,
e que o brilho dos teus olhos,
seja a beleza e a simplicidade desta flor,
que me embriaga com o seu perfume
e me encanta com seu carisma.
Esta flor que desabrocha em teus pensamentos
e me transforma em ti...
Uma flor que vai permanecer intacta às mais
diferentes épocas, aos mais inesperados destinos,
uma flor que nunca vou permitir morrer.
Sabes porquê? Porque ela é linda como tu
e porque todos a chamam de...
AMIZADE.

16 março 2006

O tempo


" O TEMPO É MUITO LENTO PARA OS QUE ESPERAM
MUITO RÁPIDO PARA OS QUE TÊM MEDO
MUITO LONGO PARA OS QUE LAMENTAM
MUITO CURTO PARA OS QUE FESTEJAM
MAS PARA OS QUE AMAM O TEMPO É ETERNIDADE."

Anjo Azul


Para um anjo que conheço... o Anjo Azul...

15 março 2006

Dias de dança


Dança comigo? O ritmo?
Amor...paixão...emoção...
Segura a minha mão e vem dançar...
Fecha os olhos e percebe a emoção...
-
E neste ritmo dançaremos ...
Abraça-me e sente o toque do meu coração...
Ele bate no compasso do teu...
E dança na tua emoção
-
Dançaremos uma historia de amor...
Com momentos únicos...
Com emoções nossas...
No ritmo do amor...
-
Danço
Levito
Abraço
Sorrio
-
Vem dançar comigo, vem !!!!!!!

by Andy

A PARÁBOLA DA ROSA


Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, examinou-a. Viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, "Como pode uma bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"
Entristecido por este pensamento, recusou-se a regar a rosa, e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu.


Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades, que são plantadas em nós, crescendo no meio de espinhos - as nossas faltas. Muitos de nós olham para dentro e vêm apenas os espinhos, os defeitos. Desesperamo-nos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Recusamo-nos a regar o bem dentro de nós, e, consequentemente, isso morre. Nunca percebemos o nosso potencial.

Algumas pessoas não vêem a rosa dentro de si; alguém lhes deve mostrar. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor - olhar para uma pessoa e conhecer as suas verdadeiras faltas. Aceitar aquela pessoa na sua vida, enquanto reconhece a beleza na sua alma e ajudá-la a perceber que pode superar as suas aparentes imperfeições. Se mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão os seus próprios espinhos. Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes...

13 março 2006

O Mestre e o escorpião


Um Mestre Oriental viu um escorpião que se estava afogando, decidiu tirá-lo da água mas quando o fez, o escorpião picou-o. Como reacção à dor, o Mestre soltou-o e o animal caiu à água e de novo estava a afogar-se.
O Mestre tentou tirá-lo outra vez, e novamente o escorpião picou-o.
Alguém que tinha observado tudo, aproximou-se do Mestre e disse:
- Perdão, você é teimoso? Não entende que de cada vez que tentar tirá-lo da água ele o picará??!O Mestre respondeu:
- A natureza do escorpião é picar e isso não muda a minha natureza, que é ajudar.
Então, com a ajuda de um ramo, o Mestre retirou o escorpião da água e salvou-lhe a vida.


Não devemos mudar a nossa natureza se alguém nos magoar. Apenas devemos tomar precauções.

Mil e uma noites...

Sherazade e o rei Shahryar

Quando Shahryar, o rei de um país que hoje seria entre o Irão ou a Índia, descobriu que a sua mulher lhe era infiel, mandou executá-la. Ficou tão zangado que todos os dias, Shahryar casava-se com uma bela e jovem mulher e, no dia seguinte, mandava-a decapitar.
Shahryar também casou com Sherazade, a lindíssima filha do vizir. Decidida a não morrer às mãos do rei, Sherazade fez um plano para se manter viva e escapar à execução. Assim, na noite de núpcias, Sherazade contou uma intrigante e apaixonante história ao rei. Mas o amanhecer chegou sem que ela tivesse acabado de contar a história e, como esta se encontrava no seu apogeu, o rei decidiu esperar pela noite seguinte para saber o desfecho.
Acontece que, na noite seguinte, Sherazade terminou de contar a história. Mas rapidamente encadeou nessa uma outra história ainda mais fascinante.
E assim, noite após noite, Sherazade contava todas as histórias que conseguia inventar e, quando o Sol anunciava o nascer de um novo dia, ela terminava o seu relato, mas sempre de forma a manter o rei interessado na noite seguinte. Mil e uma noites correram, cada uma com uma história diferente.
Quando Sherazade esgotou a sua fonte de imaginação, já o rei Shahryar se tinha apaixonado por ela. E assim viveram felizes pelo resto das suas vidas.

Foi desta forma que nasceram as histórias das Mil e Uma Noites...

07 março 2006

Estranha Loucura



Minha estranha loucura
é tentar te entender e não ser entendida
É ficar com você
Procurando fazer parte da tua vida
Minha estranha loucura
É tentar desculpar o que não tem desculpa
É fazer dos teus erros
Num motivo qualquer a razão da minha culpa
Minha estranha loucura
É correr pros teus braços quando acaba uma briga
Te dar sempre razão
E assumir o papel de culpado bandida
Ver você me humilhar
E eu num canto qualquer dependente total do teu jeito de ser
Minha estranha loucura
É tentar descobrir que o melhor é você

Eu acho que já paguei o preço por te amar demais
Enquanto pra você foi tanto fez ou tanto faz
Magoando pouco a pouco me perdendo sem saber
E quando eu for embora o que será que vai fazer

Vai sentir falta de mim
Sentir falta de mim
Vai tentar se esconder coração vai doer

Alcione

06 março 2006

Pedra filosofal


Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltoscomo estes pinheiros altos

que em verde e ouro se agitam
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma. é fermento,
bichinho alacre e sedento.
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel.
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança.,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
para-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra som televisão
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre a mãos de uma criança.

(António Gedeão)

03 março 2006

Uma história de amor...


Orfeu e Eurídice

Eurídice era uma ninfa casada com o poeta e músico grego Orfeu. Ao caminhar pela mata Eurídice encantou Aristeu, filho de Apolo, e este passou a persegui-la. Durante a fuga, a ninfa foi picada por uma serpente e morreu.

Orfeu ficou inconsolável com a perda de sua esposa e decidiu buscá-la no Hades, o reino dos mortos. Mas teria que vencer os obstáculos que tentariam impedi-lo, pois no caminho havia Erínias, Caronte e Cérbero, deuses que protegiam o acesso ao Hades. Orfeu começou a tocar sua lira e o doce som desse instrumento e a beleza de sua voz embeveceram os deuses e o afastaram do perigo. Orfeu suplicou a Hades e a Perséfone que deixassem levar Eurídice ou permitissem que ele ficasse ali com ela.

Hades e Perséfone ficaram comovidos com a música e a poesia de Orfeu e permitiram que Eurídice os acompanhasse até a superfície, com a condição de que fosse atrás deles e que Orfeu não olhasse para trás.

Ambos subiram do reino dos mortos, mas ao chegar à superfície, Orfeu não resistiu à tentação de olhar sua esposa e, ao fazê-lo, ela desapareceu. Orfeu pediu outra chance aos deuses, mas foi negada. Eurídice ficou separada de seu marido nos Campos Elíseos até que este morreu e pôde juntar-se a ela.

01 março 2006

Poema de Pablo Neruda



Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,
quem destrói o seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos "is"
a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte
ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!