28 novembro 2008

"Limpeza étnica" - comentários

Então eu que tenho de me esforçar para ganhar o meu mísero ordenado, que mal dá para pagar as contas ao fim do mês e esta gente tem plasma, DVD e aparelhagem?!?!?!?!

Eu que pago uma renda altíssima, (sim renda, ainda não posso pagar uma casa minha porque ainda estou num sítio "provisório", não quero passar o resto da minha vida aqui, sem bem que já vou a meio do tempo médio de vida), e aquela gente paga 4 ou 5 euros de renda?!?!?!?!
Eu tenho de me "esfalfar" um mês inteiro, para ganhar uma miséria, pagar contas brutais e aquela gente paga AQUILO?!?!?!

Eu sou obrigada a conviver e a viver perto de certa gente (mesmo pagando) e aquela gente exige que seja longe dos pretos?!?!?!?!

E fazem ameaças, ou lhes dão uma zona que querem ou matam?!?!?!?! Mas o que é isto?!?!?!?!?!

Há quem diga muito mal de certos "regimes políticos". Eu sou a favor do bem, dos direitos, dos deveres, de benesses, de tudo isso. Mas sou RIGOROSAMENTE contra a banditagem. Quanto a mim seria olho por olho dente por dente! Estamos a precisar disso. Mas quem o poderia fazer não faz porque ficaria sem não sei quantos tachos!

Eu sou a favor de viver em liberdade, mas para isso é preciso implementá-la, é preciso que os bons sejam recompensados e os maus sejam castigados. É preciso implementar e viver com regras, que são coisas que muita gente confunde. Confundem regras com autoritarismo.

Enfim, muita coisa se confunde, muita coisa se distorce... porque dá jeito a muita gente que assim seja...

27 novembro 2008

"Limpeza étnica"

Numa das minhas recentes "viagens" pela net, encontrei, por acaso, este texto de Mário Crespo. Já lá vão alguns meses, mas claro que continua sempre actual. Cada vez mais a revolta faz parte da minha vida, cada dia que passa me sinto lesada por esta gente, por esta sociedade, por estas injustiças... Vale a pena ler, ou reler, este texto.

"O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. 'Perdi tudo!' 'O que é que perdeu?' perguntou-lhe um repórter. 'Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem...' Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga 'quatro ou cinco euros de renda mensal' pelas habitações camarárias.

Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que 'até a TV e a playstation das crianças' lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam 'quatro ou cinco Euros de renda' à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a 'quatro ou cinco euros mensais' lhes sejam dados em zonas 'onde não haja pretos'.

Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - 'ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos.'

A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala.
Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor."

Às vezes...



...penso isto do meu computador.
Será que ele pensa o mesmo de mim?

25 novembro 2008

O que há em mim é sobretudo cansaço

Sinto-me um bocado assim...


"O que há em mim é sobretudo cansaço"

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

Descobrir as diferenças


1. Na Finlândia as turmas têm 12 alunos;

2.
Na Finlândia há contínuos, aliás - politicamente correcto - 'auxiliares de acção educativa', acompanhando constantemente os professores e educandos;


3. Na Finlândia, as crianças são educadas pelos pais no intuito de respeitarem a Escola e os Professores;

4. Na Finlândia todas as turmas QUE TÊM ALUNOS com necessidades educativas especiais, têm na sala de aula um professor especializado a acompanhar o aluno que necessita de apoio;

5. Na Finlândia as aulas terminam às 3 da tarde e os miúdos vão para casa brincar, estudar;

6.
Na Finlândia o ensino é totalmente gratuito inclusivamente os LIVROS, CADERNOS E OUTRO MATERIAL ESCOLAR;


7 . Na Finlândia não há avaliadores, professores avaliados nem Inspectores!!!!!

8. Na Finlândia os professores têm tempo para preparar aulas e são felizes.

(recebido por e-mail)

Então? Alguém conseguiu encontrar diferenças?


21 novembro 2008

Fonte dos Desejos


É preciso ter muuuuuuuuito cuidado com o que se deseja!

06 novembro 2008

Alguém sabe responder?



Se os resultados dos exames do 9º ano e 12º ano foram tão bons.

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Se as melhorias foram tão significativas.
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Se não houve facilitismo.
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Porque é necessário avaliar os Professores?

(recebido por e-mail)