20 janeiro 2009

Tese de doutoramento

Era um dia lindo e ensolarado. O coelho saiu da sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar.

No entanto, ficou intrigada com a actividade do coelho e aproximou-se, curiosa:

- Coelhinho, o que estás a fazer aí, tão concentrado?

- Estou a redigir a minha tese de doutoramento - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.

- Hummmm... e qual é o tema da tua tese?

- Ah, é uma teoria que prova que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.

A raposa ficou indignada:

- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!

- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro-lhe a minha prova.

O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouve-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio.

De seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos da sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido.

No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho a trabalhar naquela concentração toda. O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:

- Olá, jovem coelhinho! O que te faz trabalhar tão arduamente?

- A minha tese de doutoramento. É uma teoria que estou a desenvolver há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.

O lobo não se conteve e farfalha de risos com a petulância do coelho.

- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...

- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova. O senhor lobo gostaria de acompanhar-me à minha toca?

O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte.

Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e... silêncio. Mais uma vez o coelho volta sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelagens de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.

Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.


MORAL DA HISTÓRIA:-

1. Não importa quão absurdo é o tema da sua tese;

2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;

3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar a sua teoria;

4. Não importa se as suas ideias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos...

5. O que importa é QUEM É O SEU PADRINHO...

(recebido por e-mail)



14 janeiro 2009

El Ratón



Já começou mais um ano e por enquanto nada de novo. No entanto, espero que
2009 seja um ano de algumas mudanças...

E para melhorar a disposição estive a rir-me até me fartar com a minha amiga A., de uma gravação de audio que já tinhamos ouvido há uns tempos. Esta gravação é de um programa de rádio espanhol, passado na rádio Cadena Dial (já há alguns anos) e é o relato de uma aventura sexual de um casal gay, Eric e Kiki. O casal decidiu inovar, alterar a monotonia da vida sexual e decidiram juntar "à festa" um hamster. O resultado foi irem parar ao hospital com queimaduras de 2º grau...

Eu não tenho por hábito rir-me das desgraças alheias, mas há coisas que à partida toda a gente sabe que corre certos riscos e se as faz deve estar consciente das consequências... Enfim, só ouvindo...

Quem quiser ouvir basta ir
aqui.