23 março 2010

Lições


O pequeno Zeca entra em casa, depois das aulas, batendo fortemente com os pés no soalho da casa. O seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, acompanha-o desconfiado. Antes que o pai dissesse alguma coisa, diz irritado:
- Pai estou com muita raiva. O João não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
O pai do Zeca, um homem simples mas cheio de sabedoria, ouve, calmamente, o filho que continua a reclamar:
- O João humilhou-me à frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta, calado, enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino acompanhou-o, também calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai propõe-lhe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está a secar no estendal é o teu amiguinho João e cada pedaço de carvão é um mau pensamento teu, endereçado a ele. Quero que deites todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O estendal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, aproxima-se do menino e pergunta-lhe:
- Filho como te estás a sentir agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso diz-lhe:
- Vem comigo até ao meu quarto, quero mostrar-te uma coisa.
O filho acompanha o pai até ao quarto e é colocado em frente de um grande espelho onde pode ver o seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia ver os seus dentes e os olhinhos.
O pai, então, diz-lhe ternamente:
- Filho, tu viste que a camisa quase não se sujou; mas, olha só para ti... O mau que desejamos aos outros é como o que te aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos pensamentos, a sujidade, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Autor desconhecido

05 março 2010

Alguém me explica?

Por acaso alguém me consegue explicar por que razão, quando estamos naquelas filas intermináveis de trânsito (como por ex no IC19), em situação de pára-arranca (é mais páraaaaaaaaaaaaaa-arranca), com 3 faixas, os automobilistas passam o tempo todo a mudar de faixa, sempre que apanham uma "abertazinha" numa das vias do lado?


É uma das coisas que me irrita profundamente!

04 março 2010

Encarregados de Educação


Confesso que já me está a irritar bastante os bitaites (sim, bitaites para não dizer outra coisa pior) dos Encarregados de Educação em geral.

Parece que agora também percebem de como os professores devem agir nas aulas. Parece-me que aprenderam umas palavras novas e usam-nas "a torto e a direito". É em turmas minhas e nas outras... Os srs pais / Encarregados de Educação aprenderam duas palavras novas e toca a usá-las sempre que abrem a bocarra, mais valia estarem caladas, mas pronto, lá se acham conhecedores da matéria...

Agora por tudo e por nada "os professores têm de motivar os alunos", "os professores têm de usar outras estratégias"! Ai sim?! Não me digam! Vejam só que eu nem tinha conhecimento de tais vocábulos! Por amor de Deus!

E que tal se dessem educação aos filhos?
E que tal se arranjassem tempo para lhes dar atenção?
E que tal se lhes transmitissem regras e valores?
E que tal se os castigassem quando se portam mal?
E que tal se lhes dessem carinho em vez de os comprar com porcarias para compensar o NENHUM tempo que passam com eles?
E que tal prestarem atenção à vida de canalha que os filhos levam e lhes dessem o devido correctivo?
(...)

Mas será que aquelas bestas quadradas não têm consciência dos monstros e / ou alarves que estão a criar? Acham que ganham muito em acreditar e corroborar com as mentiras que os seus santos filhos dizem dos professores? Não têm consciência que o professor é um profissional como outro qualquer e, como tal, merece respeito? Mas agora estudar já deixou de ser obrigação para os ESTUDANTES?

Era correctivo para o filho e correctivo para o pai /mãe!