Nunca desistir de nós próprios.
22 novembro 2011
10 novembro 2011
Vou receber um postal de Natal trá la lá lá lá
Vi num blog uma ideia simplesmente genial!!! Como eu adoro receber cartas e postais (mas desde há muito muito tempo que só recebo contas para pagar e outras porcarias) adorei a ideia da "dona" deste blog: Quadripolaridades.
Quem quiser participar é só ir a este link que tem lá tudo muito bem explicadinho.
Quem quiser participar é só ir a este link que tem lá tudo muito bem explicadinho.
19 setembro 2011
Acho mal... (ou se calhar tenho é inveja)
Acabei de receber isto por mail:
"Nuno Gomes - Novo Pensionista!
Aos 34 anos de idade e com 16 anos de empregado do Benfica, Nuno Gomes acaba de requerer a Pensão a que tem direito, no valor mensal vitalício de 12.905 euros mensais. Contudo, um trabalhador normal tem de trabalhar até aos 65 anos e ter uma carreira contributiva completa durante 40 anos para obter uma reforma de 80% da remuneração média da sua carreira contributiva."
E com isto não consigo deixar um mal estar enorme. Se calhar não devia. O senhor teve a sua profissão, empenhou-se, trabalhou enquanto pôde para ter a sua reforma e até nem foi um empregado do Estado. Sei disso tudo e também sei que não está a desrespeitar nenhuma lei. Mas não consigo deixar de sentir o tal mau estar e uma certa revolta, até. Só consigo pensar naquela frase daquela música muito conhecida "que parva que eu sou".
Somos só nós (os trabalhadores do Estado) a pagar a tal coisa denominada de crise??? Acho mal!
Ultimamente só tenho pensado assim: "ai, se eu soubesse o que sei hoje há 20 anos atrás!".
"Nuno Gomes - Novo Pensionista!
Aos 34 anos de idade e com 16 anos de empregado do Benfica, Nuno Gomes acaba de requerer a Pensão a que tem direito, no valor mensal vitalício de 12.905 euros mensais. Contudo, um trabalhador normal tem de trabalhar até aos 65 anos e ter uma carreira contributiva completa durante 40 anos para obter uma reforma de 80% da remuneração média da sua carreira contributiva."
E com isto não consigo deixar um mal estar enorme. Se calhar não devia. O senhor teve a sua profissão, empenhou-se, trabalhou enquanto pôde para ter a sua reforma e até nem foi um empregado do Estado. Sei disso tudo e também sei que não está a desrespeitar nenhuma lei. Mas não consigo deixar de sentir o tal mau estar e uma certa revolta, até. Só consigo pensar naquela frase daquela música muito conhecida "que parva que eu sou".
Somos só nós (os trabalhadores do Estado) a pagar a tal coisa denominada de crise??? Acho mal!
Ultimamente só tenho pensado assim: "ai, se eu soubesse o que sei hoje há 20 anos atrás!".
17 setembro 2011
Novamente o início...
Mais uma vez lá chegou mais um início de ano letivo.
Se há coisa que eu detesto é inícios de anos letivos, ou inícios de aulas a pós as interrupções do Natal e da Páscoa. As mesmas perguntas, as mesmas respostas, as mesmas hipocrisias e cinismos, recheadas de beijinhos falsos...
"Então que tal foram as férias?"
"Ah, foram curtas não é? Pois as minhas também."
"Um bom ano para ti."
Enfim, detesto mesmo estes comportamentos sociais, em que fica bem dar beijinhos e fazer sempre as mesmas perguntas e receber sempre as mesmas respostas. A razão pela qual eu detesto este comportamento, como se fossemos uma manada de animais acéfalos, é porque tenho de o ter com pessoas com as quais não simpatizo e que sei que também se fartam de me "cortar na casasa" pelas costas e pela frente é esta hipocrisia. Tenho pena, mas a vida ensinou-me a compactuar com este comportamento. Lá tenho de retribuir os sorrisos falsos e os falsos beijinhos. Claro que em contrapartida, gosto deste comportamento com as pessoas de quem gosto na escola...
Mas o melhor deste ano letivo foi mesmo rever os meninos do ano passado (alguns continuam meus alunos) e receber o carinho deles. Estes miúdos são maravilhosos! São mesmo o melhor da escola. E nesta escola temos muita sorte porque não existe o mau comportamento que existe na maior parte das escolas. Aqui os miúdos ainda são, de uma maneira geral, bem comportados e muito carinhosos. São uns fofinhos, adoro-os...
Se há coisa que eu detesto é inícios de anos letivos, ou inícios de aulas a pós as interrupções do Natal e da Páscoa. As mesmas perguntas, as mesmas respostas, as mesmas hipocrisias e cinismos, recheadas de beijinhos falsos...
"Então que tal foram as férias?"
"Ah, foram curtas não é? Pois as minhas também."
"Um bom ano para ti."
Enfim, detesto mesmo estes comportamentos sociais, em que fica bem dar beijinhos e fazer sempre as mesmas perguntas e receber sempre as mesmas respostas. A razão pela qual eu detesto este comportamento, como se fossemos uma manada de animais acéfalos, é porque tenho de o ter com pessoas com as quais não simpatizo e que sei que também se fartam de me "cortar na casasa" pelas costas e pela frente é esta hipocrisia. Tenho pena, mas a vida ensinou-me a compactuar com este comportamento. Lá tenho de retribuir os sorrisos falsos e os falsos beijinhos. Claro que em contrapartida, gosto deste comportamento com as pessoas de quem gosto na escola...
Mas o melhor deste ano letivo foi mesmo rever os meninos do ano passado (alguns continuam meus alunos) e receber o carinho deles. Estes miúdos são maravilhosos! São mesmo o melhor da escola. E nesta escola temos muita sorte porque não existe o mau comportamento que existe na maior parte das escolas. Aqui os miúdos ainda são, de uma maneira geral, bem comportados e muito carinhosos. São uns fofinhos, adoro-os...
25 julho 2011
Escolas públicas
Afinal das escolas públicas também saem excelentes alunos, que até recebem medalhas e menções honrosas!
(foto retirada da net)
Parabéns a todos os alunos que foram à Holanda participar nas Olimpíadas Internacionais de Matemática (IMO), mas principalmente aos que receberam medalhas e a menção honrosa.
21 julho 2011
Coisas irritantes
Há várias coisas que me irritam. Uma delas é ver (e infelizmente conviver) pessoas "sem personalidade". Ou seja, elas lá têm a sua personalidade, mas no meu ponto de vista é má. Irritam-me as pessoas que à frente dizem uma coisa e por trás dizem outra, que dizem que sim a outras só por medo ou outra coisa qualquer. Entretanto essas pessoas são constantemente enganadas e ludibriadas por outras mas nunca se atrevem a enfrentá-las ou contrariá-las.
A coincidência (ou talvez não) é que estas pessoas (as enganadas) são quase sempre (para não dizer sempre) mulheres. Pertencer a uma profissão maioritariamente de mulheres é tramado. Não há dúvida nenhuma que as escolas parecem galinheiros. Cacarejam, cacarejam e não dizem nem fazem nada de jeito (salvo as excepções, que também as conheço). De uma maneira geral (a não ser casos excepcionais) prefiro trabalhar com homens. São, geralmente, muito mais organizados, práticos, pragmáticos e, principalmente, não ligam a "merdinhas" que não interessam a ninguém. (Também conheço aqueles que de homem só têm o corpo, e mesmo assim...)
Detesto as "cenas de gaja"! É que não há pachorra para as aturar! Se estão com o período ficam parvinhas, se não estão ficam parvinhas na mesma...
Reformulações
Com as novas medidas indicadas pelo novo Ministro da Educação (retirada da Área de Projecto e do Estudo Acompanhado), teve de haver reformulações na distribuição de serviço. E claro que a distribuição de serviço aqui da menina ficou ainda pior, bem pior.
Só continua a haver um sapo gigante para engolir e que, como tal, não consegue passar pela garganta. Como é que a única pessoa do quadro de escola, pelo segundo ano consecutivo tem esta distribuição de serviço?
12 julho 2011
Era uma vez...
Era uma vez uma escolinha, muito catita. Era bonita, estava num local bonito, tinha pessoas bonitas, alunos bonitos e era um local de bons ensinamentos e aprendizagens. As boas acções eram recompensadas e as más eram penalizadas. A escolinha era muito organizada e as pessoas trabalhavam muito e davam-se bem, havia um óptimo ambiente naquela escolinha. Os professores do mesmo grupo disciplinar eram muito amigos e trabalhavam muito bem, havia partilha de material e de ideias, inovação e muita honestidade.
Até que um dia (nas histórias há sempre este dia), que por acaso coincidiu com o final do ano lectivo, o grupo desmoronou. Qualquer coisa, que à partida seria incompreensível, fez o grupo de ferro desfazer-se como uma caixa de ovos ao cair no chão. Afinal, algumas pessoas não eram assim tão amigas, nem tão unidas, nem sequer estavam a trabalhar em prol dos alunos e/ou dos colegas. Estavam, simplesmente, a olhar para os seus próprios umbigos. A passar por cima de tudo e de todos, para atingir os fins, sem olhar a meios, completamente sem escrúpulos. Tudo por causa da distribuição de serviço. A graduação profissional já não contava para nada, o estar efectivo na escolinha também não. "Olha que a idade já não é estatuto", dizia alguém (infelizmente, mais tarde verificou-se que tinha razão). O que importava, entretanto, era o bom trabalho desempenhado e, por isso, a merecida distribuição de serviço. E assim foi, no ano lectivo seguinte, a única pessoa efectiva ficou com os "restos" da distribuição de serviço, cheia de cargos a desempenhar, vários níveis lectivos, vários tipos de turmas (todas do ensino regular com NEE e de Currículos Alternativos) e um ano completamente estafante pela frente.
Mas, como a dita professora era uma lutadora, não se deixou ir abaixo, nem quis criar mau ambiente no grupo disciplinar nem à volta disso. Ergueu a cabeça, trabalhou o mais que pôde, ficou exausta, mas cumpriu todas as suas funções dentro do possível. Sempre com esperança. Com esperança de que o ano lectivo seguinte fosse bem melhor.
E esse ano lectivo cansativo, trabalhoso e esgotante chegou ao fim! Ufa! Nova esperança no ano lectivo seguinte! Mas... Surpresa (ou não!)... As pessoas, do grupo disciplinar, continuaram a pensar no seu umbigo... (Surpresa? Naaaaaa)
Conclusão: num grupo disciplinar, do 3º ciclo, onde há 3 pessoas contratadas e 1 efectiva, quem ficou com 20 tempos lectivos de 2º ciclo? A professora efectiva! Vá lá, não se deve queixar, tem 2 tempos lectivos no 3º ciclo (uma turma de Currículos Alternativos). Afinal a escolinha é feia, com pessoas feias e más. Mas com alunos bonitos...
Moral da história:
Há coisas que parecem ficção, mas não são!!! São a pura realidade!
30 junho 2011
Amostra sem valor
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
17 maio 2011
Porque a Florbela Espanca sabe tanto acerca de mim...
Sem Remédio
Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou ...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou ...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
13 maio 2011
"Geração à Rasca ou Geração mal habituada ?"
Este senhor tirou-me as palavras da boca:
http://opinioesdojb.blogspot.com/2011/03/geracao-rasca-ou-geracao-mal-habituada.html?showComment=1305324997230#c8541455835103288988
Claro que houve logo um "monte" de gente a quem a carapuça serviu...
http://opinioesdojb.blogspot.com/2011/03/geracao-rasca-ou-geracao-mal-habituada.html?showComment=1305324997230#c8541455835103288988
Claro que houve logo um "monte" de gente a quem a carapuça serviu...
20 abril 2011
Vira o disco e toca o mesmo
Conversa de circunstância:
Mulher: Então estás de férias?
Eu: Não, por acaso até tenho coisas para fazer nesta interrupção lectiva. Organização de várias actividades, organização de documentos e mais umas coisitas que ficaram "penduradas".
Mulher: Pois, todas [todas = outras professoras] dizem a mesma coisa, mas as outras [outras = as que não são professoras] continuam a dizer que os professores não fazem nada, ganham bem e têm muitas férias. Eu cá acho que os professores têm uma vida difícil, não é nada fácil tudo o que têm hoje em dia.
Confesso que estou um bocado farta desta ideia que se tem desta classe. É certo que há uns quantos que dão mau nome à classe, bastantes, até. E por mim eram colocados em praça pública onde se daria a conhecer a toda a gente a vergonha que são para o ensino. Mas, caramba, sempre a mesma história? Isto é mas é uma grande inveja. E por mim colocava esta tal gentinha só com um mês com certas turmas e com todo o trabalho que se tem hoje em dia fora das aulas. Gostava de ver e apreciar num lugar de destaque.
Mulher: Então estás de férias?
Eu: Não, por acaso até tenho coisas para fazer nesta interrupção lectiva. Organização de várias actividades, organização de documentos e mais umas coisitas que ficaram "penduradas".
Mulher: Pois, todas [todas = outras professoras] dizem a mesma coisa, mas as outras [outras = as que não são professoras] continuam a dizer que os professores não fazem nada, ganham bem e têm muitas férias. Eu cá acho que os professores têm uma vida difícil, não é nada fácil tudo o que têm hoje em dia.
Confesso que estou um bocado farta desta ideia que se tem desta classe. É certo que há uns quantos que dão mau nome à classe, bastantes, até. E por mim eram colocados em praça pública onde se daria a conhecer a toda a gente a vergonha que são para o ensino. Mas, caramba, sempre a mesma história? Isto é mas é uma grande inveja. E por mim colocava esta tal gentinha só com um mês com certas turmas e com todo o trabalho que se tem hoje em dia fora das aulas. Gostava de ver e apreciar num lugar de destaque.
15 abril 2011
Durmo ou não? Passam juntas em minha alma
Durmo ou não? Passam juntas em minha alma
Coisas da alma e da vida em confusão,
Nesta mistura atribulada e calma
Em que não sei se durmo ou não.
Sou dois seres e duas consciências
Como dois homens indo braço-dado.
Sonolento revolvo omnisciências,
Turbulentamente estagnado.
Mas, lento, vago, emerjo de meu dois.
Disperto. Enfim: sou um, na realidade.
Espreguiço-me. Estou bem... Porquê depois,
De quê, esta vaga saudade?
Fernando Pessoa
11 abril 2011
Perguntas e respostas...
P1- Como se chama a alguém que vê um conjunto de papéis oficiais e confidenciais, numa mesa de sala de professores, pega neles, lê (mesmo depois de ser informado a quem pertencem os documentos) e no fim ainda opina sobre o assunto?
R1- ...
P2- Como se chama a alguém que, numa reunião de avaliação, quando a Directora de Turma pede aos professores que entreguem os relatórios de Estudo Acompanhado (dado por professores diferentes em aulas diferentes) e esse alguém responde de imediato que já fez em conjunto com a colega, quando a colega responde: "eu já fiz o meu, é diferente do teu, tens de fazer tu"?
R2- ...
P3- Como se chama a alguém que foi convidado para uma festa, responde que vai e na véspera comenta com alguém que não põe os pés no dito sítio porque aquilo deve ser uma porcaria e cheio de gentinha desinteressante? (Suponho que nem sequer avisou que não ia.)
R3- ...
Podia continuar a fazer uma lista enorme de perguntas mas vou ficar por aqui... Não me apetece ficar mais enojada!
Não gosto do ser humano em geral, mas há pessoas que adoro. Em contrapartida tenho vergonha de conhecer outras.
R1- ...
P2- Como se chama a alguém que, numa reunião de avaliação, quando a Directora de Turma pede aos professores que entreguem os relatórios de Estudo Acompanhado (dado por professores diferentes em aulas diferentes) e esse alguém responde de imediato que já fez em conjunto com a colega, quando a colega responde: "eu já fiz o meu, é diferente do teu, tens de fazer tu"?
R2- ...
P3- Como se chama a alguém que foi convidado para uma festa, responde que vai e na véspera comenta com alguém que não põe os pés no dito sítio porque aquilo deve ser uma porcaria e cheio de gentinha desinteressante? (Suponho que nem sequer avisou que não ia.)
R3- ...
Podia continuar a fazer uma lista enorme de perguntas mas vou ficar por aqui... Não me apetece ficar mais enojada!
Não gosto do ser humano em geral, mas há pessoas que adoro. Em contrapartida tenho vergonha de conhecer outras.
08 abril 2011
Parece-me bem...
Mas quantas pessoas conseguirão fazer só uma destas coisas?
Já faço algumas (poucas vezes) mas vou experimentar fazer as 4 até ao final deste ano :)
Pelo menos vou tentar...
Bem, mas também tenho de fazer uma queixinha: há uma delas que não me deixam fazer!
07 abril 2011
Colonização
Quando começam a colonizar outro planeta? Ainda não é para já, mas estão a tratar disso? É a lua? Não me serve, é demasiado perto. Marte? Também não, ainda é demasiado perto.
Quando for para um planeta de uma galáxia bastante distante e com seres diferentes (entenda-se: Homem, todos os outros podem existir) destes avisem-me, quero ir no primeiro "autocarro", com bilhete de ida...
...
Pensando bem, não quero integrar nenhuma dessas colónias... Irão muitos seres humanos (ou "humanos")... Acho melhor comprar uma ilha só para mim... E para mais ninguém! Mais ninguém!
Quando for para um planeta de uma galáxia bastante distante e com seres diferentes (entenda-se: Homem, todos os outros podem existir) destes avisem-me, quero ir no primeiro "autocarro", com bilhete de ida...
...
Pensando bem, não quero integrar nenhuma dessas colónias... Irão muitos seres humanos (ou "humanos")... Acho melhor comprar uma ilha só para mim... E para mais ninguém! Mais ninguém!
05 abril 2011
Uns podem...
Mas afinal, os critérios de avaliação, que foram aprovados em Conselho Pedagógico, no início do ano lectivo, não são para cumprir até ao final do ano? Bem, se houver necessidade ou motivo para haver alterações o Conselho Pedagógico terá de se pronunciar de novo, seja em que altura do ano lectivo, certo?
Estou um pouco confusa, é que há alguém que decidiu alterar (por iniciativa própria) as percentagens referentes ao 2º período.
"Ah, e tal... vou dar esta percentagem ao 1º teste, aquela ao segundo e outra ao trabalho..."
Estou mesmo confusa! Mas muda-se assim, sem mais nem menos, sem avisar ninguém, sem dar qualquer satisfação, os critérios de avaliação? Bem, se calhar há algumas pessoas que podem fazer isso... Outras...
Estou um pouco confusa, é que há alguém que decidiu alterar (por iniciativa própria) as percentagens referentes ao 2º período.
"Ah, e tal... vou dar esta percentagem ao 1º teste, aquela ao segundo e outra ao trabalho..."
Estou mesmo confusa! Mas muda-se assim, sem mais nem menos, sem avisar ninguém, sem dar qualquer satisfação, os critérios de avaliação? Bem, se calhar há algumas pessoas que podem fazer isso... Outras...
31 março 2011
Ser e parecer...
Na escola onde me encontro há uma "regra". Nas disciplinas em que frequentemente se faz teste de avaliação a "regra" é: sair sempre a matéria toda, desde o início do ano. Desde que aqui cheguei (é o segundo ano neste local de ensino) que fui informada desta norma, aprovada em Conselho Pedagógico (creio). A justificação para tal era que aumentássemos a exigência para com os alunos, uma vez que nos estamos sempre a queixar de que eles não aprendem nada, não estudam, não conseguem raciocinar sozinhos, etc etc etc. Confesso que concordo com esta ordem de ideias, pois, de facto, os actuais pupilos estão habituados a ter a "papinha toda feita" e não se esforçam minimamente para obter boas notas. Para além de testes globalizantes, também, em alguns grupos disciplinares, se optou por formular outro tipo de questões, que não fossem tão directas, que apelassem um pouco ao raciocínio e não ao "despejar" de conceitos após o "marranço" de véspera.
Pois bem, eu cumpro. Tal como eu, há muitos colegas a cumprir. Mas sei que há colegas que não o fazem. Há vários colegas a leccionar uma determinada disciplina no mesmo ano lectivo. Mas há uns que fazem testes globalizantes (como é um princípio da escola), fazem algumas questões que invocam o raciocínio e há outros que fazem testes muito mais pequenos, só com a última matéria e com questões muito simples. (Eu já nem quero falar no trabalho acrescido que se tem em fazer certo tipo de testes.)
Claro, que já se vislumbram as conclusões / ilações:
- Os meninos com testes globalizantes tiram piores notas que os outros.
- Será justo uns terem melhores notas finais de período do que os outros?
- É a partir disto que uns vão para o quadro de mérito e outros não?
- Estes professores que irão dar melhores notas são melhores profissionais do que os outros?
Chateia-me que estes professores não cumpridores, das normas implementadas pela escola, estejam muito bem "cotados" e os outros ainda são vistos como maus professores (???).
Quer dizer, dá-me uma trabalheira fazer testes com toda a matéria e ainda arranjar questões que apelem ao raciocínio e depois, quem fica "bem visto" são os outros.
Apetece-me mandar tudo para um certo sítio!!!
Estamos na Era do "parecer" e não do "ser"...
30 março 2011
Concordo
Abriste, fecha.
Acendeste, apaga.
Ligaste, desliga.
Desarrumaste, arruma.
Sujaste, limpa.
Quebraste, conserta.
Pediste emprestado, devolve.
Prometeste, cumpre.
É de graça, não desperdices.
Não sabes usar, chama quem sabe.
Para usar o que não te pertence, pede licença.
Não sabes como funciona, não mexas.
Não sabes fazer melhor, não critiques.
Não te diz respeito, não te intrometas.
Não vieste ajudar, não atrapalhes.
Ofendeste, pede desculpas.
Falaste, assume.
Seguindo este processo, a tua vida e a das outras pessoas será melhor.
Li isto algures na net. E não é que concordo? Bem, creio que há excepções, mas tirando isso concordo com a "regra".
22 março 2011
Sorrisos
Por falar em sorrisos...
Por vezes andamos tão absorvidos nos problemas e nas chatices da vida, que nos esquecemos dos sorrisos. Os nossos sorrisos, gerados por outros, por situações que surjam ou por momentos especiais. E os sorrisos dos outros pelos quais somos responsáveis.
Estou a lembrar-me de uns sorrisos muito especiais, meus e dos outros, mas os meus são tão especiais! Há umas criaturinhas fantásticas que têm o dom de me deixar com GRANDES sorrisos. Amo aquelas criaturinhas, se pudesse adoptava-as...
Por vezes andamos tão absorvidos nos problemas e nas chatices da vida, que nos esquecemos dos sorrisos. Os nossos sorrisos, gerados por outros, por situações que surjam ou por momentos especiais. E os sorrisos dos outros pelos quais somos responsáveis.
Estou a lembrar-me de uns sorrisos muito especiais, meus e dos outros, mas os meus são tão especiais! Há umas criaturinhas fantásticas que têm o dom de me deixar com GRANDES sorrisos. Amo aquelas criaturinhas, se pudesse adoptava-as...
Reflexões
Há fases em que não temos nada para fazer, bem, eu já nem me lembro de quando foi essa minha última fase. E há as outras. Desde há uns tempos que estou sempre nas outras fases, ou seja, tanta coisa que não sei para onde me virar. No trabalho dá-me a sensação que quanto mais faço mais me aparece. Nunca consigo terminar uma tarefa e dizer "Pronto! Acabei!". Não, se acabo uma tarefa ou se vou a meio aparece sempre mais outra e outra e outra... Pois, creio que é o que se passa com a maior parte das pessoas desta profissão. Sim, maior parte, porque há sempre os outros, aqueles que não percebem que eu disse nas frases anteriores.
Depois, para agravar a "coisa" ainda aparecem as chatices pessoais. Há as decisões que tomamos na vida pessoal, as questões de saúde (tão fáceis de surgirem nestes momentos) e que nos sugam ainda mais tempo e energia. Neste momento, sinto-me como se algo me tivesse sugado toda a minha energia e eu tivesse ficado sem forças para nada. Logo agora, que é crucial ter muito discernimento e força.
Depois ainda, quem está à nossa volta, quem nos é mais próximo e querido (principalmente família e amigos) é quem "apanha" com os nossos maus humores, cansaços e fraquezas. Que caricato, é em quem não gostamos que deveríamos depositar o nosso azedume e amargura. Se calhar é porque nunca estão suficiente próximos, se calhar é porque as pessoas importantes é que estão ao nosso lado e, por isso, por vezes acabamos por ser injustos...
E quando a pessoa de quem gostamos muito está a precisar muito de nós e nós não conseguimos ter força para a ajudar, socorrer ou amparar? É como um grito mudo, é como nos pesadelos em que queremos muito gritar mas não conseguimos... É sentirmo-nos completamente inúteis...
Neste momento só anseio por um pedacinho de paz...
Depois, para agravar a "coisa" ainda aparecem as chatices pessoais. Há as decisões que tomamos na vida pessoal, as questões de saúde (tão fáceis de surgirem nestes momentos) e que nos sugam ainda mais tempo e energia. Neste momento, sinto-me como se algo me tivesse sugado toda a minha energia e eu tivesse ficado sem forças para nada. Logo agora, que é crucial ter muito discernimento e força.
Depois ainda, quem está à nossa volta, quem nos é mais próximo e querido (principalmente família e amigos) é quem "apanha" com os nossos maus humores, cansaços e fraquezas. Que caricato, é em quem não gostamos que deveríamos depositar o nosso azedume e amargura. Se calhar é porque nunca estão suficiente próximos, se calhar é porque as pessoas importantes é que estão ao nosso lado e, por isso, por vezes acabamos por ser injustos...
E quando a pessoa de quem gostamos muito está a precisar muito de nós e nós não conseguimos ter força para a ajudar, socorrer ou amparar? É como um grito mudo, é como nos pesadelos em que queremos muito gritar mas não conseguimos... É sentirmo-nos completamente inúteis...
Neste momento só anseio por um pedacinho de paz...
07 março 2011
Coisas que adoro (II)
Uma das coisas que adoro são flores. Gosto das flores em geral, flores de campo e flores de jardim, mas há algumas de que amo mesmo muito. Uma dessas que ADORO são os narcisos, ou junquilhos, como aprendi a chamar-lhes. Não sei o porquê, só sei que gosto da flor (tão bonita!!!) e do aroma (tão bom!!!).
Adoro narcisos...
Adoro narcisos...
06 março 2011
Alegria
Como dá para perceber nestes últimos tempos tenho andado numa correria, num cansaço e numa grande tristeza relativamente à minha profissão. Para além dos problemas pessoais que também vão surgindo pelo meio.
Mas na sexta-feira aconteceu uma coisa maravilhosa, uma coisa fantástica, uma coisa que me encheu o ego e, atrevo-me mesmo a dizer, uma coisa que me deu anos de vida. E quem foi a responsável? Uma criaturinha maravilhosa. Uma pessoa fantástica! Uma menina que foi minha aluna no ano passado e que este ano conversamos, de vez em quando nos corredores. Adoro aquela menina (creio, aliás, agora tenho a certeza de que também gosta muito de mim). Mas como todos nós sabemos, aquela menina, que é um ser humano fantástico em tudo, só é assim porque tem a mãe que tem. Uma mãe maravilhosa, que acompanha a filha, que lhe dá amor, carinho, que a orienta, que a ajuda nas tarefas escolares e não só e que também diz não quando é necessário.
Que mãe e filha maravilhosas! E na sexta-feira o meu coração ficou a pular de alegria e o meu ego encheu-se... Adoro-as! :D
Mas na sexta-feira aconteceu uma coisa maravilhosa, uma coisa fantástica, uma coisa que me encheu o ego e, atrevo-me mesmo a dizer, uma coisa que me deu anos de vida. E quem foi a responsável? Uma criaturinha maravilhosa. Uma pessoa fantástica! Uma menina que foi minha aluna no ano passado e que este ano conversamos, de vez em quando nos corredores. Adoro aquela menina (creio, aliás, agora tenho a certeza de que também gosta muito de mim). Mas como todos nós sabemos, aquela menina, que é um ser humano fantástico em tudo, só é assim porque tem a mãe que tem. Uma mãe maravilhosa, que acompanha a filha, que lhe dá amor, carinho, que a orienta, que a ajuda nas tarefas escolares e não só e que também diz não quando é necessário.
Que mãe e filha maravilhosas! E na sexta-feira o meu coração ficou a pular de alegria e o meu ego encheu-se... Adoro-as! :D
04 março 2011
Onde a profissão nos leva...
Como as coisas mudaram desde há uns tempos!
A escola já não é mesmo nada do que era. A minha actual escola é a loucura total. Uma escola onde impera a loucura insana, a competição desgrenhada, a correria desconcertada e desalinhada para ser reconhecida e ter um bom lugar no ranking. E quem acarreta com toda esta sobrecarga? Não creio que seja necessário dizê-lo.
Tenho alguns anos de serviço, muitos comparados com alguns colegas, poucos comparados com outros, mas há um facto que nunca vi em escola nenhuma nem ouvi falar que noutra existisse. Este ano lectivo tem sido uma "correria" com atestados médicos. Desde há uns meses que há imensa gente a ficar doente. Creio, até, que neste segundo período nunca houve um dia em que não houvesse alguém a faltar, efectivamente doente. Razões várias, por enfermidades típicas da época, por cansaço (inclusive eu, pela primeira vez desde que trabalho), por agravamento de sequelas que já existiam, enfim, um grande número de pessoas doentes. Outras, "simplesmente" cansadas, mas não um cansaço normal devido ao acumular de trabalho em determinada época. Um cansaço, diria mesmo, patológico. Não há quem aguente. Todos os dias há reuniões disto, reuniões daquilo, formações creditadas, formações não creditadas, preparar isto, preparar aquilo. Nunca ninguém chega a casa antes da hora de jantar, às vezes até passa bastante desse horário. Bem, na verdade há uma ou outra espécime que não se enquadra dentro do grupo dos "trabalhadores", encaixam melhor no dos "parasitas". Ah, mas entretanto leva-se trabalhinho para casa.
Ora, toda a gente sabe que alimentar-se mal, dormir pouco e mal, andar numa correria desenfreada para ter tudo preenchidinho, tudo organizado, tudo pronto a tempo e horas causa imenso stress, cansaço, fraqueza e as pessoas ficam debilitadas. O que vem a seguir? Claro está, as doenças...
Mas o mais triste, o mais triste de tudo é que acabámos de perder uma colega (muito nova) que não era só colega, era uma grande colega, uma grande pessoa, uma grande mulher, uma grande profissional e que desvalorizou e se desleixou com o seu problema de saúde em prol da sua grande competência profissional. Foi à morte que o seu incontestável profissionalismo a levou. Não é por ter falecido que passou a ser boa pessoa, como tantas vezes acontece, ela era mesmo! Ficámos muito mais pobres com esta perda, tanto a nível pessoal como profissional, mas isso para as estatísticas também não interessa nada...
A escola já não é mesmo nada do que era. A minha actual escola é a loucura total. Uma escola onde impera a loucura insana, a competição desgrenhada, a correria desconcertada e desalinhada para ser reconhecida e ter um bom lugar no ranking. E quem acarreta com toda esta sobrecarga? Não creio que seja necessário dizê-lo.
Tenho alguns anos de serviço, muitos comparados com alguns colegas, poucos comparados com outros, mas há um facto que nunca vi em escola nenhuma nem ouvi falar que noutra existisse. Este ano lectivo tem sido uma "correria" com atestados médicos. Desde há uns meses que há imensa gente a ficar doente. Creio, até, que neste segundo período nunca houve um dia em que não houvesse alguém a faltar, efectivamente doente. Razões várias, por enfermidades típicas da época, por cansaço (inclusive eu, pela primeira vez desde que trabalho), por agravamento de sequelas que já existiam, enfim, um grande número de pessoas doentes. Outras, "simplesmente" cansadas, mas não um cansaço normal devido ao acumular de trabalho em determinada época. Um cansaço, diria mesmo, patológico. Não há quem aguente. Todos os dias há reuniões disto, reuniões daquilo, formações creditadas, formações não creditadas, preparar isto, preparar aquilo. Nunca ninguém chega a casa antes da hora de jantar, às vezes até passa bastante desse horário. Bem, na verdade há uma ou outra espécime que não se enquadra dentro do grupo dos "trabalhadores", encaixam melhor no dos "parasitas". Ah, mas entretanto leva-se trabalhinho para casa.
Ora, toda a gente sabe que alimentar-se mal, dormir pouco e mal, andar numa correria desenfreada para ter tudo preenchidinho, tudo organizado, tudo pronto a tempo e horas causa imenso stress, cansaço, fraqueza e as pessoas ficam debilitadas. O que vem a seguir? Claro está, as doenças...
Mas o mais triste, o mais triste de tudo é que acabámos de perder uma colega (muito nova) que não era só colega, era uma grande colega, uma grande pessoa, uma grande mulher, uma grande profissional e que desvalorizou e se desleixou com o seu problema de saúde em prol da sua grande competência profissional. Foi à morte que o seu incontestável profissionalismo a levou. Não é por ter falecido que passou a ser boa pessoa, como tantas vezes acontece, ela era mesmo! Ficámos muito mais pobres com esta perda, tanto a nível pessoal como profissional, mas isso para as estatísticas também não interessa nada...
02 março 2011
Pequeno poema para alguém enorme
Pequeno poema
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama
01 março 2011
Irritação
Já aqui falei do quanto me irrita e do quanto é indelicado deixarem os telemóveis com som, onde tocam tocam e, obviamente, chateiam os outros ao redor. Mas o local onde mais me irrita ouvir um telemóvel é num funeral! Haja paciência! Haja respeito! E não me interessa que seja a velhinha "inocente" a ter o telemóvel a tocar com o seu volume no máximo, com a música mais irritante e preciosamente escolhida por ter o som mais alto, já que a velhinha tem problemas de audição. Se não sabe pôr o objecto no modo de silêncio que aprenda, se não o sabe desligar que aprenda ou que o deixe em casa. Mas não o deixe tocar, principalmente enquanto está o padre a fazer a última homenagem a uma pessoa que acabou de deixar este mundo.
Fico sempre arreliada com esta situação, mas ontem fiquei muito mais porque estava no funeral de uma colega. Uma colega muito querida, muito delicada, uma grande mulher, que partiu inesperada e estupidamente e que merecia respeito no momento em que muita gente estava junta para lhe prestar a última homenagem.
Haja um bocadinho de respeito pelos outros...
Fico sempre arreliada com esta situação, mas ontem fiquei muito mais porque estava no funeral de uma colega. Uma colega muito querida, muito delicada, uma grande mulher, que partiu inesperada e estupidamente e que merecia respeito no momento em que muita gente estava junta para lhe prestar a última homenagem.
Haja um bocadinho de respeito pelos outros...
24 fevereiro 2011
A escola (parece título de composição de criancinha)
Desde que entrei para a escola (antes dizia-se que se ia para a escola primária, hoje é mais pomposo, diz-se 1º ciclo e brevemente mudará de novo) que adorei. Sempre adorei a escola. Desde o primeiro dia. Para mim era até um escape, era onde me encontrava com os "amigos" (vivia sozinha com os meus avós) era aí onde encontrava muita gente para brincar. Para além disso adorava aprender. Desde essa idade que detestava as férias. Desde essa idade que a profissão que queria ter era ser professora (não tinha nenhuma noção da tamanha estupidez que era esse sonho). Os anos foram passando, tornei-me adolescente e desejei ter muitas profissões (não ao mesmo tempo, claro, as minhas profissões de sonho é que iam mudando). Queria ser bióloga, hospedeira de ar, arquitecta, nutricionista, estilista,... enfim, e mais umas quantas que me apaixonavam.
A adolescência é a época de paixões.Não só por pessoas, mas por lugares, objectos, ídolos, amores platónicos,... Enfim, um turbilhão de emoções. É um período de tempo complicado, mas é quando "aprendemos" a seleccionar as nossas coisas, os nossos gostos, os nossos estilos, tudo aquilo que nos irá marcar para a vida ou pelo menos gostaríamos que assim fosse. Mas para isso é preciso ter uma certa "liberdade".
Lembro-me dos tempos da escola secundária. Gostei tanto. Foi um sofrimento quando "fui obrigada" a sair. Achava que tinha encontrado os amigos para a vida. Mal sabia que os melhores tempos estariam aí à porta. Os da Universidade. Afinal a maior parte dos "melhores amigos" do "liceu" seguiram o seu caminho e eu segui o meu. Os meus grandes amigos são os da Universidade e os que fui encontrando nos vários locais de trabalho. Aprendi tanta coisa ao longo de todos os meus anos de estudo. Mas o que mais aprendi e o mais importante não foram os professores que me ensinaram, não foram as matérias que leccionaram. Foi o que eu aprendi sozinha, acompanhada, mas fora das aulas.
Então para quê massacrar (sim, massacrar) alunos e professores com aulas de substituição? Eu acho que sei a resposta... O que é que os alunos aprendem quando têm de aturar um professor desconhecido (ou não)?
É útil estar a realizar mais uma ficha de exercícios "à pressão"?
É útil ler mais um texto e fazer o respectivo resumo?
É útil começar a ver um filme (pela enésima vez)? (os miúdos já não podem ver os filmes à frente devido a tanta aula de substituição)
Ou será mais útil os miúdos irem brincar quando têm "furo", ou até, alguns que eu já vi, por iniciativa própria, estarem a estudar para outra disciplina porque querem fazê-lo mas sem serem obrigados?
Já no ponto de vista do professor nem vou comentar...
21 fevereiro 2011
20 fevereiro 2011
Como...
...é que se multiplica o tempo?
...é que se desaparece de um sítio num segundo?
...é que passamos de novo para a infância?
17 fevereiro 2011
Coisas boas
Claro que nem sempre tudo na vida é mau. Este blog tem acabado por ser um desfiar de coisas más, mas, claro, que serve de desabafos e, de certa maneira, também o uso para me purgar. Sempre serve para ficar mais leve... ou não... Sei lá...
Não tem sido novidade o quanto tenho detestado, odiado, abominado e mais outras coisas terminadas em "ado" a minha profissão, nos últimos anos. Mas, há uma coisa que este ano estou a adorar e me está a dar uma grande satisfação (coisa que em anos anteriores também eram razão para me aborrecer). É pena é que essa parte satisfatória seja tão pequena...
E estou a adorar algumas turmas que tenho. Quer dizer, gosto de todas em geral, mas há algumas criaturinhas que me dão uma satisfação enorme em trabalhar com elas. Tenho apenas uma turma do ano anterior, que era terrível, que me punham os cabelos em pé, uma turma de quem eu não gostava nada e não gostavam nada de mim. Este ano sairam alguns elementos (fulcrais para o mau comportamento) e entraram outros. Adoro estar com aqueles miudos e tenho imenso carinho por eles. Apesar de ainda existirem algumas criaturas que não são "pêra doce", tenho conseguido "dar-lhes a volta" e ter aulas divertidas e em harmonia. As aulas passam super rápido para mim e para eles, apetece-me prolongar mais a aula (e parece que a eles também, pelo menos às vezes).
Há outra turma, uma novidade, uma grande novidade, porque são do 5º ano e eu sou do 3º ciclo e secundário. Foi-me imposta por ordens superiores (pela gerência daqui do tasco), por razões que nem me quero lembrar. Mas também tive sorte com as criaturinhas e estou a adorar algumas experiências neste nível de ensino. Para quem veio do secundário não imaginava certas coisas deste nível de ensino. Mas são tão fofos (alguns, claro) que só me apetece adoptá-los.
Dá-me imensa satisfação preparar aulas, dar aulas e estar com certos meninos... Só é pena é que isso seja cerca de 1% das minhas tarefas... Bem, vou ter de aproveitar ao máximo estes bocadinhos muito bons... :)
14 fevereiro 2011
08 fevereiro 2011
Impressionante
Não me ocorre outra palavra senão "IMPRESSIONANTE"!
Desde há anos que não ficava de atestado médico, e quando o colocava era por razões estritamente necessárias, era quando estava de facto doente. Com grandes gripes, sem conseguir sair da cama. Sei que há muita gente que ficava de atestado uma semana, duas, três ou quatro para irem dar "uma voltinha" pelo mundo. Não critico. Cada qual sabe da sua vida. O que critico é o que eu "recebo palmadas" do sistema por coisas de que nunca tive culpa!
Ora estou eu aqui à beira de um esgotamento nervoso. Num estado de nervos como nunca estive, ao ponto de sentir dores em todo o corpo (segundo o médico é do sistema nervoso), ao ponto de não me conseguir abstrair do trabalho (já passei por fases destas mas nunca com esta gravidade) e ao ponto do próprio médico fazer questão de me passar um atestado (coisa que aquele sr Dr nunca faz, a não ser em casos mesmo extremos).
Suspeito de uma coisa... Suspeito que o resto da minha semana irá ser assim. Ora estando eu de atestado médico porque estou à beira de um esgotamento não seria para descansar e tratar-me?
24 janeiro 2011
Já lá vai o tempo...
Já lá vai o tempo...
...em que eu adorava a minha profissão.
...em que eu "ficava em pulgas" para chegar a casa e corrigir os testes dos meus alunos [corrigia-os de um dia para o outro].
...em que eu ansiava por chegar a casa e ir preparar aulas [agora gostava, mas não tenho tempo. Se não as preparar como deve ser não "levo nas orelhas", mas se não preencher a papelada infinita que me pedem diariamente estou "lixada" e passo por incompetente, no mínimo.]
...em que preparava / dinamizava e colaborava com algumas actividades do plano anual. [Hoje se não estiver quase todos os dias empenhada em alguma actividade já não interesso para nada, não sou boa professora.]
...em que os cargos / projectos eram distribuídos por várias pessoas. [Hoje há sobrecarga sobre alguns.]
...em que a distribuição de serviço era feita com base na graduação profissional. [Hoje é com base "no excelente trabalho desenvolvido". Eu chamo-lhe antes "lambe-botas" (ou "lambe" outra coisa qualquer, ficando ao gosto do "lambido").]
...em que era professora! Como eu adorava esse tempo...
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